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Sopa Dourada (Alentejo)

Doce conventual, tradicionalmente presente na mesa de Natal, a sopa dourada alentejana, também poderá servir para aproveitamento de pão que esteja um pouco mais duro. O único senão desta sobremesa deliciosa é ser demasiado calórica, pelo que se deve comer com certa moderação…
Ingredientes:
- 10 gemas
- 100 g de pão frito (em pequenos cubos)
- 100 g miolo de amêndoa
- 150 g de doce de chila
- 300 ml de água
- 500 g de açúcar
- canela em pó p/ polvilhar
Confeção:
Leve o açúcar a ferver com a água durante 10 minutos.
Retire a calda do lume e envolva nela o doce de chila, levando novamente a levantar fervura.
Já fora do lume, adicione o miolo de amêndoa e ponha a ferver durante 3 minutos. Deixe arrefecer um pouco.
Envolva preparado de amêndoa e chila nas gemas e mexa bem.
Leve ao lume, numa panela de barro, com o pão, mexendo até ficar consistente.
Coloque num prato de servir e salpique ou polvilhe com canela em pó. Sirva o doce depois de frio.
DICA:
Pode guardar as claras que não usou nesta receita, num recipiente de plástico, no congelador. Conservam-se durante cerca de 6 meses e, para as utilizar, basta descongelá-las normalmente.
Tibornas do Alentejo

As tibornas são doces tradicionais da cozinha portuguesa, mais concretamente da região de Vila Viçosa, no Alentejo, tendo a sua origem na doçaria conventual.
Estes doces são excelentes para marcar uma ocasião especial, com uma apresentação muito bonita e uma conjugação única de sabores e texturas, na qual se destacam as gemas, as amêndoas o doce de chila e a canela. Não deixe de experimentar o sabor da tradição… e delicie-se!
Ingredientes:
- 1 chávena de doce de chila
- 1 colher (sobremesa) de canela
- 1 limão
- 18 gemas
- 250 g de amêndoas
- 250 g de pão
- 650 g de açúcar
Confeção:
Com o açúcar em ponto de pasta (quando a calda adere à colher sem correr), faça 15 gemas em fios de ovos e reserve.
Corte as côdeas do pão muito finas, em quadrados com 1 cm de lado. Introduza-as na calda dos fios de ovos e deixam-se ferver um pouco para absorverem bem o açúcar.
Retire as côdeas de pão a calda e coloque-as numa travessa, separando-as com um garfo.
Junte a amêndoa, pelada e ralada, à calda restante, deixando ferver para engrossar.
Acrescente em seguida o miolo de pão esfarelado, as 3 gemas que restam e as peles das gemas com fez os fios de ovos e que ficaram no passador. Junte ainda a raspa de limão e a canela.
Leve a cozer até obter um preparado bem espesso e deixe em repouso até ao dia seguinte.
Para armar as tibornas, prepare rodelas de papel ou de hóstias (com cerca de 4 cm). Sobre cada rodela, coloque 2 colheres (chá) de massapão, entremeadas com uma de chila.
Disponha por cima alguns fios de ovos e, por fim, 2 ou 3 côdeas de pão.
Coloque cada tiborna sobre um quadrado de papel de seda, recortado a gosto, e una as quatro pontas com um laço de fio de lã.
Foto retirada de http://fotos.sapo.ptClarinhas de Fão

As famosas Clarinhas de Fão são um doce regional de origem conventual, marco gastronómico da vila que lhes dá o nome, no concelho de Esposende.
Gemas de ovos, chila e açúcar são os condimentos essenciais para as confecionar. Uma massa fina e estaladiça envolve o recheio deliciosamente cremoso, tornando estes doces regionais em algo verdadeiramente único e irresistível.
Ingredientes:
Para a massa
- 250 ml de leite
- 3 colheres (sopa) bem cheias de manteiga
- 400 g de farinha de trigo
- sal fino q.b.
- sumo de ½ limão
- açúcar p/ polvilhar
Para o recheio
- 300 g de doce de chila
- 5 ovos
- 60 g de açúcar
Confeção:
Amasse muito bem a farinha com a manteiga e o leite, uma pitada de sal fino e o sumo de limão. Ao amassar, bata a massa para que fique bem ligada.
Coloque o preparado num recipiente polvilhado de farinha e tape, deixando repousar cerca de 30 minutos.
Entretanto, prepare o recheio.
Coloque o doce de chila num tacho, juntamente com os ovos batidos e o açúcar.
Mexa muito bem e leve ao lume brando, misturando sempre com a colher de pau para não queimar.
Quando engrossar o suficiente para poder ser trabalhado, retire o recheio do lume, deite numa taça e deixe arrefecer.
Estenda porções de massa o mais finas possível. Deite no centro destas 1 colher (sobremesa) de recheio e dobre. Corte com o formato de rissóis.
Frite as clarissas em óleo quente. Escorra-as um pouco e passe-as por açúcar (granulado, ou em pó) para ficarem com o seu aspeto característico.
Aldeanos (Montijo)
Tortas de Guimarães

Estas tortas, que são, a par do Toucinho do Céu, dos doces regionais mais típicos de Guimarães, são feitas com massa folhada e têm um recheio de doce de chila, ovos e amêndoas. A massa é tradicionalmente amassada à mão, sendo as medições feitas a olho. Para a untar, é usada gordura de porco, apurada da confeção dos rojões, regionalmente designada de pingue.
Este bolos vimaranenses, com a forma de concha, são uma herança da riquíssima doçaria conventual portuguesa, que deu origem a muitas das receitas mais afamadas de Portugal. A receita original é feita na “Casa Costinhas”, em Guimarães, adquirida por 3 freiras do Convento de Santa Clara que, após a saída do convento, quiseram ficar perto do local onde estava a sua ordem religiosa e começaram a fabricar os doces que faziam no convento.
Ingredientes:
Para a massa
- 1 pitada de sal
- água fria q.b.
- farinha de trigo q.b.
- pingue dos rojões
Para o recheio
- 1 pau de canela
- 115 g de amêndoa pisada
- 20 gemas batidas
- 350 ml de água
- 460 g de açúcar
- doce de chila | gila
Para a calda da cobertura
- açúcar e água q.b.
Confeção:
Amasse a farinha em água fria temperada de sal, de modo que a massa fique dura.
Depois de bem amassada a farinha, estenda a massa sobre uma superfície lisa e continue a amassar, dando-lhe voltas, de forma trabalhá-la bem, até que comece a fazer bolhas. Atingindo este ponto, faça um rolo com a massa e unte-o de todos os lados com pingue frio dos rojões e deixe descansar durante 2 ou 3 horas.
Passado o período de repouso, estenda a massa em fita, pouco a pouco, com um rolo de cozinha.
Feito um pedaço de fita, alargue-a, puxando a massa para os lados com as mãos o máximo que puder.
Depois de alargada, enrole a massa com cuidado e forme um rolo, que untará com pingue quente. Deixe repousar durante algumas horas, envolvendo o rolo em película aderente.
Entretanto, prepare o recheio.
Deite o açúcar e a água num tacho, deixando ferver até atingir o ponto de espadana baixo (a calda corre em fitas, com o aspeto de lâmina).
Retire a calda do lume e deixe arrefecer.
Junte-lhe depois a amêndoa pisada, as gemas e o pau de canela, levando de novo ao lume até engrossar.
Retire o pau de canela, deixe arrefecer um pouco e misture o preparado com o doce de gila. Reserve.
Corte o rolo de massa em fatias, aproximadamente da largura de um dedo, de forma a ficarem bem separadas umas das outras.
Abra a massa das fatias e cubra-a com o recheio. Dobre depois a massa, dando-lhe a forma de pastéis, fechando-os em forma de torcidos.
Coloque os pastéis num tabuleiro e leve ao forno (200º C), cerca de 40 minutos.
Leve um tacho com açúcar e água ao lume, deixando ferver até atingir o ponto de espadana.
Quando saírem do forno, mergulhe os pastéis na calda, retirando-os depois com uma escumadeira.
Veja o vídeo que se segue, sobre este doce regional:
Sugestão:
Aproveite as claras para fazer um Pudim de Claras com Nozes para a sobremesa e os maravilhosos Merengues de Chocolate e Avelã.